Os painéis temáticos convocam os estudiosos do assunto, bem como todos aqueles que possam contribuir para a expansão do conhecimento com eles relacionado. Cada tema remete para a compreensão de diálogos disciplinares e interdisciplinares onde o saber local se cruza com o saber científico e técnico, das ciências exatas e das ciências humanas e sociais.

Painel 1-Mudanças climáticas, sustentabilidade ambiental e processos locais:

Os fenómenos de mudança e variabilidade climática têm afetado os diferentes espaços urbanos e rurais, com impacte na perda de biodiversidade e de serviços ecossistémicos. A afetação manifesta-se em diversos setores da economia e, principalmente, naqueles que se dedicam à agricultura e outras atividades relacionadas com o setor rural. Dados os seus efeitos, os diferentes atores sociais tiveram que gerar estratégias de adaptação que em alguns casos tiveram sucesso, mas na maioria dos casos requerem apoio académico e de políticas públicas para responder adequadamente aos desafios gerados, especificamente para secas, inundações, deslizamentos de terra e aumento da temperatura. Nas áreas urbanas, os impactos também se manifestam no aumento das ondas de calor, em inundações e movimentos em massa, questões que requerem uma revisão para enriquecer os programas de prevenção e mitigação emanados das autoridades locais.

Painel 2-Riscos e catástrofes hidrogeomorfológicas:

As cheias catastróficas estão relacionadas não só com a variabilidade e as oscilações climáticas, mas também estão associadas a fatores de intervenção antrópica e à implementação de modelos de ocupação territorial que, historicamente, ignoraram as condicionantes naturais. Estamos num momento de crise relacionada com a gestão e manutenção dos corpos de água, por isso propomos uma linha temática específica, para abrir uma janela de análise sobre esta questão estratégica.

Painel 3-Processos e vulnerabilidades urbanas, estratégias de gestão:

O crescimento urbano diferencial no mundo, com a conhecida concentração populacional, tem gerado mudanças nas morfologias e dinâmicas urbanas, pressões no seu interior e o aparecimento de áreas marginais, onde se concentram vulnerabilidades sociais e fenómenos ameaçadores. Tudo isso levanta um contexto que requer uma análise interdisciplinar, dada a complexidade das relações estabelecidas. Com efeito, as cidades são não só fonte de emissões de GEE, poluição ambiental, ruído e insegurança, mas também têm gerado, na maioria dos países latino-americanos, zonas de ameaça latentes devido à ocupação de terrenos inadequados para a urbanização. É importante compreender o comportamento dos fenómenos geradores de risco, principalmente na sua gênese e na capacidade de influenciarem a saúde pública e a vida em geral.

Painel 4-Geotecnologias adequadas para gestão de riscos:

Os avanços tecnológicos na análise dos processos e vulnerabilidades permitem focar as estratégias de resposta aos riscos gerados nas áreas urbanas e rurais. É necessário abrir um espaço de debate sobre as suas aplicações, sobre o seu alcance na tomada de decisões e o aprofundamento desse tipo de conhecimentos.

Painel 5-Resiliência, padrões culturais e gestão do risco:

Entendida como o conjunto de fatores ecológicos e socioculturais que contribuem para a recuperação de uma comunidade após eventos desastrosos, deve ser objeto de escrutínio, não só pela potencialidade de análise, mas também como elemento de política pública estratégica.